Os Sistemas de Informação (SI) e Inteligência Artificial (IA), apesar das aparências não indicarem, são tópicos intimamente ligados. Os SI abordam o problema específico que engloba aquisição, armazenamento e recuperação de informação. Entretanto a IA é uma metodologia de resolver problemas em geral, cuja solução requer inteligência. Logo a junção SI e IA para a resolução de problemas na aquisição, armazenamento e recuperação da informação com o uso da inteligência, gera o que chamamos de Sistemas de Informação Inteligentes (SII).
O que se chama nível de inteligência de um SI corresponde ao nível de novidade que se obtém na saída do SI em comparação com a entrada. Em um SI onde só se pode obter dados na saída que foram introduzidos na entrada, tem-se o que pode ser chamado de um sistema sem inteligência. Seja um sistema de pesquisa em arquivo, como a do exemplo 1, é um sistema sem característica de inteligência. Este sistema não entra na classificação a ser apresentada. Seja agora um SI baseado em um banco de dados relacional, como a do exemplo 2, no qual tem-se as tabelas das relações de atribuição de disciplinas a professores e alunos matriculados em cada disciplina. Pode-se facilmente responder a perguntas do tipo “quais são os professores que o aluno X terá?”. Este dado não está explícito nas fontes de dados, mas pode ser obtido por regras. No caso, estas regras são aplicadas manualmente, usando conectivos entre as relações conhecidas para obter novas relações. De acordo com a definição este é um sistema SI inteligente, entretanto, esta inteligência é fornecida pelo usuário do sistema sob a forma da linguagem de manipulação de dados. Diz-se que o sistema é de Nível 0. Nível 0 corresponde a Lógica de proposições por não trabalhar com variáveis. O uso de variáveis permitiria colocar regras como dados e ter uma base de dados dedutiva ou lógica, trabalhando com a Lógica dos Predicados ou Lógica de primeira ordem, neste caso diz-se que o sistema é de nível 1. Nestes, as entradas são dados F e regras de manipulação destes dados R. Estas regras permitem deduzir fatos implícitos e, de certa forma, apresenta estrutura bastante semelhante a de um sistema especialista. Tanto no caso do Nível 0 como 1 a saída é obtida por manipulações sintáticas. é possível também que se deseje extrair conhecimento de uma base de dados, neste caso deve-se obter uma saída semântica para o SI, cujo nível de inteligência passa a ser dois. Este é o caso das técnicas KDD (Knowledge Discovery in Database) ou dito em português Descobrimento de conhecimento em bases de dados, a qual inclui como uma das fases no seu processo o Datamining.
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